A relação comercial entre o Brasil e a China pode atingir um marco histórico em 2023, superando o recorde registrado em 2020, quando as exportações superaram as importações em US$ 33,645 bilhões. De acordo com dados oficiais da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), o superávit no primeiro semestre de 2023 atingiu US$ 24,328 bilhões, aproximando-se do superávit total de US$ 28,684 bilhões do ano anterior.
O destaque para esse crescimento se deu, principalmente, pelas exportações brasileiras para a China, que tiveram um crescimento de 5,9% no primeiro semestre, totalizando US$ 49,852 bilhões. Enquanto isso, as importações de produtos chineses pelo Brasil apresentaram uma queda de 8,8%, totalizando US$ 25,522 bilhões.
A China tem uma participação significativa nas exportações brasileiras, alcançando 30,1%, e nas importações, atingindo 21,2%.
Essa sólida relação comercial é de extrema importância econômica para ambos os países. Embora possam não superar os recordes estabelecidos em 2022, a parceria continua a ser fundamental para impulsionar suas economias. No ano passado, as trocas bilaterais atingiram o montante de US$ 150,172 bilhões, com as exportações brasileiras totalizando US$ 89,428 bilhões e as vendas chinesas totalizando US$ 60,744 bilhões.
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No primeiro semestre de 2023, a composição das exportações brasileiras para a China foi dominada por produtos básicos, como: soja, petróleo e minério de ferro, que representaram 80% do total enviado ao país asiático. A soja teve um aumento de 13,8% nas exportações, atingindo US$ 23,1 bilhões e contribuindo com 46% do total exportado.
O petróleo foi responsável por US$ 8,7 bilhões (+7,93%), com uma participação de 17%, enquanto os minérios de ferro alcançaram US$ 8,3 bilhões, registrando uma queda de -6,67% e uma participação de 17% na pauta exportadora.
Mesmo com uma queda de -29% nas importações de carne bovina devido a um embargo causado por um caso atípico de “vaca louca”, as importações chinesas totalizaram US$ 2,6 bilhões. Outro destaque foi a exportação de celulose, que cresceu +26,4%, alcançando US$ 1,83 bilhão e representando 3,7% do total exportado para a China.
Por outro lado, as vendas chinesas para o Brasil são compostas, exclusivamente, de produtos industrializados. No primeiro semestre deste ano, os principais itens enviados pelas empresas chinesas foram válvulas e tubos termiônicos (totalizando US$ 2,9 bilhões) e equipamentos de telecomunicações, além de outros produtos da indústria de transformação (US$ 1,26 bilhão).
Os últimos itens das exportações chinesas são máquinas e aparelhos elétricos (US$ 756 milhões), evidenciando a diferença entre as economias dos dois países, com o Brasil focando em commodities, enquanto a China se destaca por seus produtos manufaturados.
Essa sólida parceria comercial entre Brasil e China continua a desempenhar um papel crucial no cenário econômico global, impulsionando o intercâmbio comercial entre as duas nações e fortalecendo os laços entre seus mercados.
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